Antes de ser cineasta, Mariana Machado era educadora de cinema. Foi a partir da educação que começou sua trajetória profissional, desenvolvendo projetos que combinam criação audiovisual e aprendizado em diversos contextos. No Brasil, participou do grupo de pesquisa "Mutum: Educação, Ensino e Cinema" (Faculdade de Educação da UFMG) ministrado pela professora Inês Teixeira. Ao longo dos anos e ao lado de seus colegas desta e outras iniciativas, ela defendeu a inclusão do cinema no currículo escolar, ministrou aulas teóricas e práticas para estudantes de escolas públicas, além de formar professores na arte cinematográfica, oferecendo ferramentas para a introdução do cinema na rede pública de ensino. Atuou como Coordenadora de programas de Educação Audiovisual em alguns coletivos e produtoras. Na Bélgica, foi convidada pelo centro cultural Bozar para ministrar aulas de cinema e atuação para estudantes da escola secundária Kunsthumaniora e refugiados da Fedasil. Seu trabalho une teoria e prática, promovendo o cinema como ferramenta de expressão, reflexão social e formação crítica.

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Para ela, o cinema possui um enorme potencial transformador, especialmente quando explorado em contextos educacionais públicos. Nestes espaços, o cinema se torna uma ferramenta poderosa para amplificar as histórias, sentimentos e desejos dos estudantes, oferendo-lhes o protagonismo necessário. Ao introduzir exercícios fílmicos, discutir obras, escrever roteiros de maneira colaborativa e trabalhar com atuação, a escola se transforma em um espaço de sociabilidade e colaboração, oferecendo um conhecimento que vai além das disciplinas tradicionais e preparando os estudantes para se posicionarem e se relacionarem com o mundo de forma crítica e empoderada.